"Meu único anseio era caçar um tiranossauro rex,mas eles já foram extintos"
Na madeira fria que sentava com gosto nos dias de verão, sentei. Assim como no verão passado, e no outro antes desse. A brisa morna que soprava meus cabelos continuava em igual intensidade a acariciar meu rosto, mas a sensação de conforto já me abandonara a muito.
O ânimo me deixou ás próprias forças, ou melhor, ás próprias fraquezas. Não sei. Tudo parece tão estaticamente diferente e agoniantemente igual.
Um pesadelo que sonhei outrora, ou um doce devaneio que já tive a anos atrás.. Não importa.
Tudo é sempre conhecido, previsível.
Não se trata de estar preso, liberdade não é o que me falta. Na verdade,é a liberdade que me prende,me acorrenta, me tortura.
Me faz abrir os olhos pro horizonte e ver que não tenho lugar pra ir com meu novo par de asas encantadoramente intactas e mofadas.
O céu limpo, o sol amarelo-róseo, um fim de tarde convidativo. Mas convidativo pra que? Continuar a voar,como sempre fiz? De que adianta a cor do céu,o brilho dos astros, o formato das nuvens? Voar cansa. Viver cansa.
Especialmente quando se vive meio morto. Se vive vivendo o que já viveu, de novo e de novo.
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